Onde estão nossos heróis?
1932. Não vivi esta época, muitos de nós não vivemos, mas isso não importa para saber da demasiada importância da Revolução de 32. Um marco não só para os paulistas como também para todo o povo brasileiro.
A Revolução deixa claro o tamanho da força e da determinação popular em reivindicar seus ideais; força essa que hoje se vê pelas ruas em marchas pacíficas ou não pela paz, contra a homofobia, pelos direitos dos índios, das mulheres e outras causas sociais.
A busca pela liberdade e democracia tirou a vida de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, por isso suas iniciais simbolizarem o movimento e agora, em 2011, que iniciais poderíamos usar? Pesquisei em diversos meios de informação e não encontrei ninguém e nenhum grupo que lutasse com tanta garra e determinação como MMDC, talvez até exista, mas se este existe, sua história não é de fácil acesso.
O povo paulista, ainda que sozinho lutasse, enfrentou de frente o poder da República que de uma forma incoerente tentava tirar o direito de liberdade do povo. Que absurdo! Direito que ainda brigamos por ele. Recentemente, o Governo Federal tentou limitar o direito de imprensa, porém a força da mídia se mostrou maior e venceu essa tentativa de opressão. Mídia que MMDC não tiveram ao seu lado, pois não era época de tantos avanços tecnológicos e velocidade de informação, e o pouco que havia estava nas mãos do governo.
Embora o povo paulista tenha se rendido, dois anos após, uma nova constituição fora promulgada, o que me leva a acreditar que o povo venceu e sempre vencerá, basta ter consciência e não medir esforços para expor seus ideais.
Portanto, a luta daqueles jovens não pode ficar apenas como um fato histórico. Nós jovens devemos seguir o exemplo daqueles que morreram por reivindicar pela liberdade que deles foi tirada. Podemos dizer que somos privilegiados, pois não precisamos mais de armas, porque temos a informação que é mais forte que qualquer objeto que possa vir a tirar a vida de alguém, principalmente se esse alguém for um inocente. Assim, chego a conclusão de que a informação e a voz ativa são mais fortes e poderosas do que qualquer tipo de arma, podendo delas nascerem novas iniciais.
Laís Caetano Lira